a vida política no Uganda complica-se de dia para dia com a prisão de vários opositores.
Museveni, Yoweri Kaguta Museveni, nascido no Uganda ocidental em 1944, envolveu-se na guerra que depôs o ditador louco, Idi Amin Dada; mais tarde (1985) envolveu-se na rebelião que derrubou Milton Obote (que, no seu segundo momento à frente dos destinos do país [Obote II], conseguiu cifrar em 300 mil os civis cuja morte lhe pode ser imputada).
O seu combate ao HIV-SIDA, a relativa estabilidade conseguida (desde que tomou posse, em Janeiro de 1986, como presidente do Uganda), o razoável crescimento económico da maior parte do país (exceto o norte) e o currículo de revoltoso anti-ditatorial criaram esperanças maiores num político africano responsável, eficaz e liberal (no sentido de não ofender as liberdades humanas).
Anos passados, revela que, afinal, quando os assuntos do Estado, ou da Nação, começam a correr menos mal, o recurso à força continua a ser a resposta. Prende oposicionistas, teme manifestações e, no entanto, critica o líder líbio.
Mas ele envolveu-se na segunda guerra do Congo, invadindo a RDC, envolveu-se negativamente na política dos Grandes Lagos e aboliu o limite de mandatos para presidente quando das eleições de 2006. Portanto, já nos tinha dado sinais de que, afinal, como Gbagbo, era mais um revoltoso opressor do que um exemplo para as novas lideranças africanas.