quarta-feira, 8 de novembro de 2017

FSDEA nega irregularidades no seu relacionamento com a Quantum Global



Mais uma vez, uma resposta 'oficial', de reafirmação de princípios e práticas impolutos, que não desmonta nem desmente nenhuma das acusações concretas que foram feitas.



FSDEA nega irregularidades no seu relacionamento com a Quantum Global:



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sábado, 4 de novembro de 2017

Morreu general João Baptista de Matos - comunicado do BP do MPLA

Ficará, sem dúvida, como um brilhante estratega militar. As sombras que sobre ele recaem, sobretudo a partir do estudo de Rafael Marques acerca dos diamantes de sangue, são comuns a muitos outros, infelizmente. Mas a memória da atuação decisiva para o fim do conflito armado é, sem dúvida, mais forte.



Morreu general João Baptista de Matos - comunicado do BP do MPLA:



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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

domingo, 29 de outubro de 2017

José de Lima Massano nomeado governador do BNA (actualizada)

Aumenta a expectativa sobre as mudanças que vão trazer todas estas nomeações, vistas em geral como um alívio da camisa de forças que nos prendia à inoperância:



José de Lima Massano nomeado governador do BNA (actualizada):



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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

O alinhamento total de João Lourenço com a liderança de Isabel dos Santos?

O alinhamento total de João Lourenço com a liderança de Isabel dos Santos na Sonangol:



"Isabel dos Santos salientou que o novo Chefe de Estado está "completamente por dentro" dos seus planos de reestruturação da companhia estatal e lembrou que os mesmos foram apresentados ao anterior Governo, do qual o actual Presidente também fazia parte.



Por isso, reforçou a presidente do conselho de administração da Sonangol, João Lourenço está completamente a par da transformação da petrolífera e da sua visão."



A boa análise política tem por base a boa análise crítica. O título da notícia indica um "alinhamento total" do novo Presidente com a filha do antigo, sem mencionar que se trata de declarações de Isabel dos Santos, o que se diz só a seguir, a meio do lead ou cabeça da notícia. 


O começo da notícia recorda-nos os sinais em contrário, que levam a desconfiar das afirmações de Isabel dos Santos. Vamos lendo a matéria sem nenhuma prova concludente de alinhamento e, já perto do fim, surge essa citação (acima). Percebemos então que o novo Presidente está a par de tudo porque fazia parte do anterior governo, ao qual os planos de reestruturação da SONANGOL foram apresentados. Não porque se tenham reunido e ele tenha dito que está de acordo. 


O título fiel à matéria seria, portanto, diferente. Porque, na verdade, o que se passou foi que Isabel dos Santos, em reunião internacional na qual precisava de sossegar os investidores, alegou que João Lourenço não podia negar que não conhece os planos e, se não os rejeitou nem comentou negativamente conhecendo-os, é porque está de acordo: "quem cala consente".


A atitude de Isabel dos Santos denota, portanto, uma grande fragilidade da sua parte e uma tentativa de encostar à parede o novo Presidente - apesar da situação em que ela está. Confiante no poder que o pai tem no MPLA ainda, prefere forçar João Lourenço a publicamente solidarizar-se  com a sua gestão e o seu plano, tornando-o assim, aparentemente, refém de si próprio e não do ex-presidente. 


Refém de si próprio e cúmplice do que ela estará a fazer - de bem ou de mal, não sei. 



terça-feira, 17 de outubro de 2017

Presidente da República extingue GRECIMA e exonera Manuel Rabelais



João Lourenço parece começar a limpar as gorduras e bizarrias dispendiárias dos últimos anos da presidência anterior. É louvável e, mesmo, indispensável. Os anteriores estão mudos. Não distraídos. É bem mais provável que o deixem escorregar nas muitas cascas de banana que foram o tapete vermelho que lhe estenderam para entrar na Cidade Alta. 



Será que ele se aguenta? E qual o papel, no meio disto tudo, de Bornito de Sousa? 



Presidente da República extingue GRECIMA e exonera Manuel Rabelais:



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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

reservas internacionais


Tirado do periódico África monitor

segundo dados do Banco Nacional de Angola (BNA), 02 Out., entre Jul. e Ago. - período de eleições gerais - reservas caíram mais de USD 1.800 milhões. Desde o início do ano, RIL (reservas internacionais) recuaram mais de USD 5.100 milhões 

Dia destes acabam com as eleições porque, devido à acentuada situação actual de crise internacional e baixa do preço do petróleo (não é assim que se repete?), o país não poderá continuar a suportar esses custos.


quarta-feira, 17 de maio de 2017

17 de maio de 1997


Não é só o dia de Benguela. Na história da humanidade, como era de se esperar, muitos acontecimentos houve num dia 17 de maio. 

Mais próximo de nós no tempo e no espaço, foi o 17 de maio de 1997. Nesse dia, após uma curta guerra bem sucedida, à frente de um exército muito apoiado nos tutsis e numa até hoje não assumida brigada angolana, Laurente Desiré Kabila (n. 1939, em Likasi), antigo apoiante de Lumumba, instalou-se no poder com o grupo que o chamou para liderar a revolta. Era uma Frente, portanto uma aglutinação de várias forças diferentes mas com o mesmo inimigo - no caso, Mobutu e seus órfãos (órfãos de pai vivo). Chamava-se Frente das Forças Democráticas para a Libertação do Congo-Zaire. 

O seu consulado foi o caminho rápido para uma nova ditadura com os velhos problemas de corrupção, nepotismo, abuso de poder, etc. A 16 de janeiro de 2001, um militar da guarda presidencial, durante um levantamento, feriu-o de morte. A 26, como em qualquer monarquia socialista (v. a Coreia do Norte), sucedeu-lhe o filho, Joseph Kabila, que arrastou o país para mais conflitos, guerras, abuso de poder, corrupção, detenções arbitrárias, repressão e agora ainda se tenta agarrar ao poder a todo o custo. 

A tal Democracia e a tal Libertação, da Frente das Forças Democráticas para a Libertação, deram nisto. Do nome do grupo ficou apenas a Força, reduzida à expressão singular. Dos apoios de Angola não se falou mais. 

É por isso que é preciso ter cautela com certas 'libertações', certas 'forças democráticas' e populares, enfim, é preciso cautela com levantamentos, sedições, guerrilhas. Sem deixar de exigir as mudanças necessárias, é preciso assegurarmo-nos de que, afinal, não vamos pôr outros a fazer o mesmo ...ou pior... regressando ao passado. 

Parabéns, Benguela!

quinta-feira, 13 de abril de 2017

“Cabristimo” na Administração Municipal do Lobito – Pérola das Acácias



Para se fazer um Quiosque é preciso privatizar um espaço público? O dinheiro que foi pago por isso não foi tornado público... Mas, quando o exemplo vem 'de cima', os de baixo só têm, mesmo, é menos jeito...



“Cabristimo” na Administração Municipal do Lobito – Pérola das Acácias:



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terça-feira, 28 de março de 2017

parece-me razoável, equilibrado e sensato:


CARTA À NAÇÃO

Caros Cidadãos

É urgente encontrar uma saída à altura dos desafios que Angola enfrenta. Acreditamos que é chegada a hora de promover a criação de uma plataforma social alargada, capaz de congregar os interesses de todas as franjas marginalizadas e excluídas do pleno exercício da cidadania.

Os angolanos vivem uma situação dramática. As soluções apresentadas para a consolidação da democracia e da paz social têm se mostrado, reiteradamente, ineficazes. A maioria do povo ainda não tem acesso a direitos elementares tais como saúde de qualidade, educação eficiente, emprego, alimentação adequada, água potável e energia eléctrica de forma contínua e saneamento básico. O grande inimigo do povo chama-se pobreza e por mais relatórios que se elaborem, tentando demonstrar o contrário, ela é o principal constrangimento para a criação de um país para todos e o maior inibidor da consolidação da coesão nacional.

41 anos de Independência e após 14 anos de paz o país continua adiado fruto da corrupção praticada sem escrúpulos e sem respeito pelo voto do povo. Assistimos todos os dias ao incremento de práticas autoritárias, ao cerceamento progressivo de direitos civis e liberdades, intolerância política, deriva securitária, afunilamento do espaço público, ausência de diálogo e do contraditório associados à excessiva concentração de poderes numa governação elitista que ignora as mais elementares expectativas do povo, que se tornou distante e arrogante desprezando os cidadãos, sobretudo os que menos têm.

Temos uma população maioritariamente pobre em todos os sentidos, uma classe média  à beira da pobreza, profissionais liberais desprezados por terem uma opinião diferente, estando inibidos de participar nas decisões  que a todos dizem respeito. A diversificação não aconteceu, a maioria das empresas públicas estão na falência, os projectos da reconstrução nacional foram uma triste mentira pela falta de qualidade e a agricultura foi substituída por uns pseudo fazendeiros, que apenas fazem “turismo agrário”, sendo  proprietários de extensas áreas rurais, muitas delas à custa do esbulho das terras dos camponeses. A indústria transformadora é apenas um sonho, as grandes obras de construção são feitas com recurso à mão-de-obra estrangeira, melhor paga que a nacional.
A elite dominante tornou-se insaciável, embriagada pelos anos de total impunidade onde a promiscuidade entre a coisa pública e o interesse privado passou a ser regra capaz de fazer nascer muitos milionários que, fruto de práticas predadoras, inviabilizaram o tecido produtivo pelo privilégio das importações colocando Angola numa dependência crónica do exterior e num lastimoso estado de subdesenvolvimento. A profundidade das desigualdades sociais que não encontra nenhuma solução credível que se apresente como garantia para uma mudança estrutural é a grande prova de que é urgente reconstruir o Estado Social de Direito.

É nesta  certeza que assentam as motivações deste grupo  que se constituiu como comissão preparatória para a criação de uma plataforma social e cívica alargada e endereça um convite público para apelar à sua participação, com vista a criar um espaço de intervenção dos cidadãos que permita identificar todos os constrangimentos que inibem o cabal exercício da cidadania e reagir para os dirimir.





sexta-feira, 24 de março de 2017

disto fala-se muito pouco e é importante para votarmos - 1


Londres, 24 mar (Lusa) - Angola é o país do mundo onde o custo da dívida é maior face às receitas arrecadadas, de acordo com os cálculos da Organização Não Governamental 'Campanha pelo Jubileu da Dívida' (JDC), que também coloca Moçambique na lista.

De acordo com uma análise feita por esta ONG à dívida pública de 122 países, Angola é o país onde pagar os custos da dívida mais representa em proporção das receitas, com 44% das entradas nos cofres públicos a saírem para suportar o fardo da dívida.

"Começou uma nova crise da dívida no sul global", comentou o economista da JDC Tim Jones, sublinhando que "em países onde as crises da dívida surgiram, o perigo é que o FMI e outros ajudem estes credores irresponsáveis, aumentando o fardo da dívida e levando a anos de estagnação económica, como na Grécia".

Segundo os dados, a lista dos países onde servir a dívida mais representa em função das receitas é liderada por Angola, com 44%, seguido do Líbano, com 42%, e Moçambique aparece em 13º lugar, com 20,2% a serem 'comidas' pela dívida.

Angola e Moçambique enfrentam graves crises financeiras e económicas decorrentes da queda do preço das matérias-primas, nomeadamente o petróleo e o gás, e pela forte dependência destes materiais para o equilíbrio das contas públicas.

Segundo a JDC, desde meados de 2014, altura em que o petróleo caiu de preço, a moeda angolana desvalorizou-se 56% face ao dólar, e o metical moçambicano caiu 36% face à principal moeda mundial, o que contribuiu para tornar insustentável o peso da dívida pública neste país, que várias consultoras estimam estar acima dos 100% do PIB.

Angola tem feito emissões regulares de dívida pública no mercado nacional, depois de em 2015 ter feito uma emissão de dívida internacional no valor de 1,5 mil milhões de dólares, com uma taxa de juro anual próxima dos 10%.

Desde o início deste ano, que na prática só arrancou na segunda quinzena de fevereiro, Angola já colocou 266,4 mil milhões de kwanzas (mais de 1.490 milhões de euros) em bilhetes e obrigações do Tesouro.

Angola vive desde finais de 2014 uma crise financeira e económica e no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017 as receitas fiscais só deverão cobrir 49,6% das necessidades totais, acrescido das receitas patrimoniais, com 6,7%, de acordo com o mesmo documento.

As receitas provenientes do endividamento público deverão atingir um peso de 43,6% do valor global inscrito no Orçamento, chegando a 3,224 biliões de kwanzas (18,2 mil milhões de euros).

Além de contrair nova despesa pública, no mercado interno e externo, o OGE de 2017 prevê 2,338 biliões de kwanzas (12,8 mil milhões de euros) para o serviço da dívida este ano.

Nas contas do Governo está inscrito um défice orçamental de 5,8% do PIB em 2017, no valor de 1,139 biliões de kwanzas (6,4 mil milhões de euros).


MBA (PVJ) // PJA

Lusa/Fim